BlogBlogs.Com.Br

domingo, 31 de outubro de 2010

Mini-mônico

Quando lembro do q passou, a memoria se aprensenta difusa, um quadro impressionista: seu traço transmite movimento, mas a obra se apresenta estática, apenas um flash. Nao transmite o grandioso processo q é a vida. "Processo" nos remete a interligaçao entre os movimentos: tudo é açao, até permanecer quieto é uma açao, pois ha escolha, há consequencia o q ja se trata de uma nova ação q tera suas respectivas consequencias. A evoluçao se dá assim, seja a do mundo seja a pessoal, apesar de, hj em dia, o amadurecimento ser considerado decadencia. Decadencia... fisica? Nao somente, as vezes essa é acompanhada pela morte da criança interior. Ixaa ai ja era! quando a criança morre, o entao adulto fica sisudo, depressivo, pois o ser humano precisa manter a leveza.
O processo e as nossas reaçoes a ele determinam quem somos e quem seremos. A luta contra a amargura e a desilusao deve ser uma constante, guerra dos anjos.
É preciso uma força para desencadear um movimento, seja ele qual for, pois tendemos a inercia, por isso, a importancia dos renascimentos e das epifanias. Novas concepçoes de mundo, novos objetivos, nova vida.
Estou feliz? Sim, como nunca fui. Aprendi q a intelectualidade falhou e o q nos resta é a ignorancia. Nao como forma de fuga, mas como encontro. Encontro-me quando nao me incomodo com pensamentos elevados, quando penso, paro um instrante de sentir. Entregar-se ao q nao se conhece é loucura, nao burrice, o maximo da coragem. Deixando o processo me levar fui promovida a sua subordinada, honraria q nao tinha quando pensava ser sua coautora. Nao quero competir com a vida. Que se dane o cerebro! gosto msm é de coração.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

hj vou fazer uma postagem bem light, sem frescuras de grafia correta e concordância verbal, espero nao ter nenhum erro muito grave, pois nao irei corrigir nada. O porquê de tudo isso é simples. Vou falar de um sentimento nu, acinzentado, morno e cru como esse texto, um sentimento sem enfeites, todo remendadinho, amoado, uma sombra trêmule de um ser raquítico, todo fraquinho, sinza, cinza...
Solidão. Nao sou só eu que estou abraçada com essa coisinha nem feia nem bonita, vejo nos olhos das pessoas e entendo perfeitamente que nelas parazitam o mesmo pqrazita que se alimenta da minha energia centadinho no meu colo. Feto melancólico que nao se desenvolveu. Eu o vejo ralo, de penugem pouca e vestido cinza e fino. olhos cansados, mas n é um ser triste, a solidao é um ser carente, ele se sente so pq n consegue alcanças nem a si nem a ninguém. tem tudo mas está tudo preso, é uma garrafa cheia de um suco cheiroso e bem lacrada.
gostaria de dizer, sem mais delongas, que amar-se antes de buscar amor, é o melhor caminho para transformar essa coizinha feia em uma bela criatura. Nada disso parece fácil com rotina cheia e coração vasio. nào ha tempo para abrir a tampa, pois entao carrego o suco na mochila, chacoalhando pelo caminho, esquentando ao sol, tomara que quando eu for tomá-lo, ele ainda seja gostozo, apezar de quente e remexido. vamos vivendo pois.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma pirueta e meia

Um mês sem alguma postagem! O q eu estava fazendo? Esperando.
Minha vida deu uma pirueta e meia, mas de forma perfeita cuja repercussao me rendeu bons lucros.
Gostaria de pedir desculpas a Milk, primeiramente pela demora, e pelo nosso afastamento, porém estive tão envolvida nesses últimos tempos comigo mesma q não havia como compartilhar minhas vivências por pura confusao do momento.
O último final de semana eu viajei e encontrei uma garota q conheci na net. Esse encontro realmente mexeu muito comigo. Eu me sentia completamente atraída por ela e não havia nada o q fazer para afastar esse sentimento de mim, até que me entreguei a essa emoçao num abraço profundo, em q me encontrei.
Sou lésbica.
Meu deus! Que barbaridade acabo de dizer! Não seria ainda leviana essa afirmação? Creio q não. O q senti não estava escrito: uma vontade louca de beijar sua boca q estava a poucos centimetros da minha, mas não consegui por pura covardia (estávamos numa rua escura, é verdade, mas era uma RUA).
Pois bem Milk, queria te pedir desculpas por tudo isso...


sábado, 22 de maio de 2010

Uma inquietude que nos consome a cada instante
uma vontade de simplesmente ser
eles me cercam e me criticam
o tempo todos, meus pais so me enchergam como eles querem me ver
é isso mesmo, eu estou puta e odeio toda essa merda, esse fingimento escroto de compreenção. Fica me dizendo que eu não sou coerente e que eu não sou esse tipo de gente que estou querendo ser. EUS SEI O QUE EU NÃO QUERO SER. E mesmo que eu não saiba o que eu quero ser eu sei que eu não estou sendo algo do qual eu não me orgulho. me sinto mal quando não sou eu, sou omissa e sou normal. EU NÃO SOU NORMAL! PORRA! EU SOU UMA GAROTA COERENTE, QUE ANDA NA LINHA MAIS ATÉ DO QUE GOSTARIA DE ANDAR. Eu não fiz metade do que eu poderia ter feito para preocupa-los, mas n fiz, pq eu n sou esse tipo ge gente. Eu n sou FRACA. E se eles não querem me engolir, não esperem que eu me encaixe na forma de bolo que eles me aprontaram. Isso não vai acontecer. Já passou do limite. Ela não vai mais me atingir com aquela cara de nojo. Ele não vai mais me tratar como um brinquedo que não cresce, que não envelhece e que não se mostra. A manipulaçào mais inocente é aquela que aceitamos com amor. É a mais corrosiva. Eles que me ensinaram a ver mais longe. E agora querem me fazer retroceder. Eu estou avançando muito rápido!!! E eu não vou parar. Eu poderia ter sido muito mais do que eu sou. bastava que eles me apoiassem. que dissessem: Vai filha. Que dissessem, Eu te ajudo nisso, eu resolvo isso. Vamos procurar uma solução. É fácil ouvir o Teatro Mágico falando sobre os insetos interiores e ficar nas correntes de mal dizer. Eu não sou nada. com certeza sou pior que eles só por estar desobedecendo. Mas o que tem meu cabelo e meus piercings?? Cadê a tolerancia? É só com o que não está por perto? Eu estou com tanta raiva que quebraria uma porta. Obrigada por me cederem esse espaço pra me expressar. Seja lá com quem eu divido isso.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Auto-aceitação

"Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
.
Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente inconsequente
Sem se preocupar em ser, adulto ou criança
.
O importante é ser você, mesmo que seja, estranho
Seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja, estranho, seja você, mesmo que seja" [Pitty - Máscara]
.
Ainda não me aceitei, tenho consciência. Existem dias em que me olho no espelho sem grandes pesares, tenho vontade de me assumir, mostrar ao mundo e à minha família quem sou, sem medo de ser feliz ou triste. Entretanto, há outras vezes que quero desaparecer, talvez uma fuga impossível através da evaporação e condensação num futuro menos cruel para os homossexuais, tenho vontade de me tornar um grão-de-areia que de tão ínfimo, a brisa leva, sem saudades de suas irmãs. Mais uma na multidão; e, na realidade, é o q eu sou. Todos nós somos descartáveis para o mundo e insubistituíveis para nós mesmos, não consigo visualizar as criaturas e seus feitos fora da minha própria ótica; pena que ando daltônica. Quase não vejo cores, pois minha vida me sobrecarrega de tal forma que curvo as costas e olho apenas o chão e suas pedras.
Sair do velho armário embolorado, qual o meio? A aceitação. Preciso conviver com os preconceitos do mundo ocidental, porque, o que me machuca, não é ser lésbica, sim a repercussão desse fato. O que pode me acontecer?
E meu próprio preconceito, como vencê-lo? Vecendo a sociedade que existe dentro de mim. Cada um carrega consigo as marcas de nossa criação homofóbica: para vencer-me, venço o mundo.
Combato a sociedade, pois, neste instante, e isso me doi: minha edificação quanto a conceitos é demolida, por conseguinte, brigo com meu meu "eu" mais profundo: "Não deixem aflorar seus monstros, crianças!" diria um velho médico hipócrita.
Como minha família vai reagir? Lembro-me agora do olhar desesperado de minha mãe quando procuro ter algum diálogo plausível sobre minha sexualidade. Ela diz: "Olha, eu acho o seguinte..." então respira fundo, sinto sua angústia, olha em torno buscando circunlóquios, então encontra as melhores palavras. Ela é uma pessoa maravilhosa e procura me aceitar! Quem dera se todos pensassem como ela... Para meus tios, primos e avós postiços: sou a criancinha da família, como é possivel crer q um "bebê" tenha desejos tao "perversos"?
Por isso, fujo de minha sexualidade, procuro me preocupar com física, matemática, química... Até me distraio por algum tempo, porém, quando menos espero, passa alguma garota atraente e perco a ordem de meus pensamentos. Não é possível fugir de nós mesmos! Sim, terei q me suportar até o fim de meus dias, q seja uma boa convivência, não?
Como encontrar meu equilíbrio interior? Descobrindo-me guerreira através da luta cotidiana contra o preconceito remanescente. Torno-me forte admitindo minha fraqueza, sinto tanta solidão... mas sei que para encontrar alguém tenho primeiro que me encontrar e, para amar de verdade, busco o amor-próprio e a aceitação de minhas singularidades.
.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu

sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus...
Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também...
Eu sei! Eu sei!...

Eu sei - Legião Urbana


Tenho passado por uma fase difícil da minha vida. As pessoas me cobram resultados e garantias que eu não posso dar. Eu sei que sou capaz de muito mais do que me proponho a fazer e isso me envergonha. Não faço mais porque não quero. Ou talvez tenha vergonha de fazê-lo. Mais eu tenho mesmo é medo de perder tudo que eu realmente consegui. Às vezes se melhorar significa ter que fazer escolhas e mudar maus habitos. E é muito difícil aceitar que você não está sendo fiel aos seus valores. É muito mais facil mandar os outros se concertarem do que você mesma se trancar na oficina da própria mente, tirar aquele pano furado que não esconde mais nada e olhar-se no velho espelhinho atrás da mesa de ferramentas.
Todos os amigos que eu tenho, sendo cada um diferente e especial, não mensuram o valor que eu dou a eles. Eu não sei se sou capaz de fazer transparecer como eu sou uma pessoa feliz e de sorte por tê-los por perto. Eu queria mesmo que eles soubessem como são 6 pessoas essenciais para a minha felicidade. Daqui a dois dias é dia das mães e ela nem sequer sabe que eu mantenho um blog como este. Ela é muito linda, uma mulher maravilhosa, brilhante, inovadora, cuidadosa e princiapalmente uma educadora. Eu queria que ela pudesse me escutar com carinho e compreensão, mas tenho tanto medo de não achar as palavras certas e daquele olhar de discórdia que mau abro a boca para explicar meu ponto de vista sobre alguns assuntos importantes para mim agora.
Meu professor de História me falou que eu sou uma pessoa muito forte, centrada e firme em minhas convicções. Imediatamente me veio à mente a imagem de um carvalho com minha cara entalhada no tronco. Eu gosto muito dele, mas acho que ele não me conhece muito bem. Eu sou uma pessoa frágil, pareço mais um lírio, majestoso e imponente, indefeso e frágil. Talvez eu tenha me tornado uma pessoa muito egoísta, eu talvez eu tenha me tornado uma pessoa menos egoísta do que já fui. Mas para mim as coisas são muito mais confusas, porque eu me preocupo em não ferir, mas machuco mais do que o cabível. Eu me preocupo em questionar as ações incoerentes dos meus familiares, amigos e inimigos e não vejo o quanto eu mesma sou incoerente, passional e injusta. Quando me fazem encarar meu reflexo escondido, fico perplexa, me recuo, corro para a floresta e choro ao pé do carvalho que eu queria ser, mas sou só um ser humano.
Se a vida fosse um negócio fácil, não precisariamos vivê-la tantas vezes para aprender as coisas.
Como deixar de ser a parte que voc6e não gosta de você? Isso tem me incomodado mais do que tudo... Estou ficando doente.
Talvez eu pense demais em mim.

Eu tenho a sensação de que ando tão amarga quanto café. Mesmo com tanto amor para dar, estou meio hesitante. Como um pássaro que não quer voar, mesmo já tendo capacidade para isso. Medo medo medo medo medo... Medo do novo, das pessoas, do julgamento, da frustração, da derrota, da decepção e da perda.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O baú da felicidade


Cântico negro (José Régio)
.
"'Vem por aqui' — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: 'vem por aqui!'
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí!
Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: 'vem por aqui!'?
.
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
.
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: 'vem por aqui'!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
. .
Felicidade, uma abstração q se tornou concreta pelo mundo ocidental erroneamente. "Todo anjo é branco, olhos claros, cabelos loiros e cacheados": o estereótipo. A imagem do anjo que se formou pela concepção social ao longo dos anos nos permite "sentir" suas dimensões.
"O baú da felicidade!" Guardaram a pobre e oferecem-na aos transeuntes carentes de esperança. As dimensões da felicidade... um baú a conteria? Um homem? O mundo?
Cabe a todos encontrar seu próprio caminho para nossa eterna quimera. Vários filósofos já tertaram defini-la, mas ela foge, sorrateira, às palavras mesquinhas.
A sociedade traçou uma estrada principal para a felicidade, cheia de curvas e pedras para alguns, aprazivel para os medíocres e corajosos. "Brazilian way of life": nascer; estudar em universidade federal; passar em um concurso público; casar (com o sexo oposto, que fique bem claro!); ter 2 filhos e um cachorro quase mais importante que os filhos; passar todo reveillon em processo de ensolação na praia com uma latinha de skol. Essa é nossa estrada principal para a felicidade.
Nossos pais, que seguiram esse caminho, dizem: "vem por aki". Exigem: "VEM POR AKI!!!". Não, as cruzes são pesadas, posso alcançar a alegria, não meu objetivo. Por isso, busco meu própria caminho, destino, através de atalhos desconhecidos. As vezes, me perco na floresta pela falta de certeza, bússula não há, o que me resta é o ciencia do que quero. Sim, o instinto de minha animalesca humanidade me guia em seu maior propósito: qual meu fado?
Não vou por ai, nego a vida santa e moralmente aceita. Quero o obscuro da sociedade, que é minha luz, pois sou parte da escuridão, que reconhece a semelhança no atalho correto, entao sigo em frente: é este.
Sou homo. Não é correto? E para mim, o que realmente importa: que os outros estejam satisfeitos comigo ou minha própria realização?
"Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"

sábado, 17 de abril de 2010

Amor

Com tantos assuntos polêmicos pra se tratar, tanta política pra dissertar, posso debater durante horas sobre o que é certo e o que é errado, mas o que poderá ser, vida, não mais questionado, ópito pelo certo em todo caso, falar de amor nesse mundo mau amado.

Diante de tantas religiões, escolhi o rock para me embalar, porque apesar de cristãos, os cristãos estão fadados a julgar. Entretanto a calmaria dos esotéricos, seria o bastante para ordenar a desordem, das cabeças cheias de fé e maldade.
Quando dizem que duas mulheres juntas é indecência e quando maculam a hombridade do meu amigo inocente, nada fez, além de ser diferente, essa massa ignorante e indigente, sem senso crítico para abrigar suas almas penadas, vagando na fila de hades, rumo à fenda bálsamo das almas, cegas, algozes, prisioneiros dos próprios princípios. Mas eu disse que ia falar de amor. Da beleza de amar o próximo e a ti mesmo. Pois Jesus, o mais célebre orador registrado na história, jamais disse que deveriamos renegar, subtrair, matar e subjugar outra pessoa se não pelos contextos de sua época, que hoje já está distante, Todos deveriam observar este fato. Afinal, assim como a partícula de água não desce ao chão para encontrar o rio, seu semelhante, mas devido á gravidade, e aristóteles não se zangou conosco por causa disso, Jesus também não vai se zangar, se as mulheres evitarem filhos indesejados e se os homens preferissem amar outros homens a baterem em suas mulheres. Eu clamo por um mundo em que o ódio tenha fundamento para existir, para que possamos dissipá-lo pela causa. Não da pra justificar o ódio pelo amor.
.

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Tímedo"

Abro os olhos em pleno recreio, ela passa do outro lado do pátio, tão perto... tão longe... Nem sei seu nome, seus gostos, NADA! Mas não importa, o que sinto é apenas atração, não preciso nem quero mais confusões. Aspiro um olhar átono nos corredores, ela passa por mim ensimesmada, eu entregue à emoção por um momento. Sou tímida e falo em público com tranquilidade. Tímida???!!! Qual o conceito de timidez?
Há o tímido e o "tímedo".
O estereótipo de timidez nos diz que é seus adeptos falam baixo, encolhem os ombros, não se expressam com facilidade próximos de desconhecidos. Sou assim? Eles têm na essência a timidez, os tímedos não. Sou tímeda!
A vida e seus fatos nos forçou a ser assim, por isso, vivemos esse meio termo. No meu caso, não consigo me expressar livremente no ramo dos sentimentos, emoções, o que há de melhor no ser humano. Sou racionalmente extrovertida e emocionalemente introvertida.
Não ouso mirar nos olhos de meu interlocutor, tenho algo a dissimular, sempre tive. Desde que me conheço como gente, sinto-me "diferente", no fundo, sempre soube o que era. Todas as vezes que me sentia atraída por uma garota, apressava-me e podava tal sentimento. Foi se formando um muro intransponível para meu "eu" verdadeiro, não há escada que consiga alcançar-me, mas busco esse meio de galgar a razão nua: construo a escada à proporção que o muro cresce, sei que preciso de dinamites, onde estão?
Tímedo... ti-medo... mi-medo... qui-medo, quimera.
Preciso de mais esforço: vou vencer, vou me vencer.
.

terça-feira, 16 de março de 2010

Eu quero ser um pacifista


Qual a principal diferença entre o pacífico e o pacifista? O pacífico acata as decisões alheias e omite à si mesmo para evitar a discórdia e a guerra. O pacífico para diante dos obstáculos impostos pela vida e fica. Por Horas, Dias, Vidas, o pacífico não vai jamais pegar um machado e derrubar o muro que construíram para prendê-lo. O pacifista não, ele vai lutar, não com armas, mas com argumentos, inteligência e conhecimento. O pacifista, acima de tudo e todos, ama à sua causa, idolatra o seu ideal e sonha com um mundo onde seus sonhos se concretizam. Diferentemente dos pacíficos, os pacifistas lutam sim, guerreiam também. Eles não só discordam como estão dispostos a pagar os preços que a vida lhes impuser pelos seus ideais, essas pessoas não são meros sonhadores, são indivíduos que impulsionam a humanidade rumo à dias mais brandos.
O ser humano é, antes de tudo, seus sonhos. Se lhes tirarem os sonhos, nada sobra a não ser a racionalidade e o epitáfio. É fácil não fazer mal a quem nos fez mal, difícil é não injuriar, não desejar mal e querer o bem desse alguém que nos prejudicou. Aí reside o princípio do pacifista. A humanidade haverá de ver e amar um homem ou mulher que, humilde, nos ensine a igualdade, a liberdade e o amor, sem levá-lo ao julgo da racionalidade intereceira e pobre das pessoas pacíficas. Antes uma guerra de ideais do que uma paz morta.

dentro do meu corpo um vento
dentre meus cabelos a brisa
no meu âmago a tempestade
unidas e cansadas de fadiga

eu, que nem creio na humanidade
tu, que vive escondida
ele, que é o mais temido dos pro-nomes
nós, que caminhamos tortuosos pela vida

vai, fica cada vez mais longe
vem, eu preciso te ter por perto
fica, olha bem nos meus lhos
ama um amor fraco e incerto

Não espera de mim nenhum milagre
fica à expectativa do por-do-sol
passa por debaixo do arco-íris
faz tempo me enrosquei em meu anzol

Eu, que vou quebrando as correntes
Eu, que não passo de não ser
sereno e ao mesmo tempo turvo
que se livra da vergonha de se ter

Vai e se joga para o mundo
Talvez ele vá te abraçar
ou talvez caia em mar profundo
ou talvez eu vá te esperar

vamos juntos construir uma nova era
onde haja apenas bons amigos
onde nossos sonhos não serão quimeras
e onde possamos viver como o devido.



sábado, 6 de março de 2010

O que há

Volto de cada conversa com meu pai diferente, digo conversa aquela q não quer apenas falar, sim dizer. Ele é um cara q só diz quando está bêbado, é tão introvertido quanto eu. Aliás, mais do que eu, pois sou arredia ao social, já ele gosta de se mostrar através das máscaras.
Hoje, de manhã, eu me surpreendi ao chamá-lo de "pai". Essa palavra me soou tão estranha quanto alemão. Na mesa de uma churrascaria à noite, descobri o porquê de tal estranhamento: ele tambem disse q nunca se sentiu meu pai, mas meu amigo. Talvez, algum confidente em potencial. Além disso, disse-me q gostava de mim não por eu ser sua filha, sim pela pessoa q eu sou, entretanto há uma característica que ele não adimira em mim: vejo a mundo pelo seu lado obscuro, a tragédia, a busca por respostas q não existem.
Então, vi: eu complico demais a vida!
A racionalidade não existe! É algo abstrato, invenção do ser humano. Na natureza existe: água, pedra, fogo, instinto. Nada mais. Aliás, a racionalidade é a evolução do instinto, sua confusão.
Tudo é simples: 1+1 não é 2, é nada! Esse "nada" seria zero? Não, seria as reticências, que por dizer tudo, não dizem nada, que é o mesmo.
O mundo nos revela toda a racionalidade na forma do irracional. Para eu me compreender, eu tenho que me entregar a mim, a quem sou realmente. Difícil? ...
Havia uma sábia velhinha benzedeira, já falecida, em minha terra natal, que dizia: "Pr'a gente viver, a gente gasta tão pouco!" Grande verdade.
Eu não preciso saber quem eu sou: sou.
O q importa é a terra, a água, a pedra e o ar. Ver tudo isso germinar, sentir a perfeição, e por não entender, compreender a magnitude da vida, "ser".
.
Meu pai criticou tambem meu gosto literário, segundo ele, Clarice é o cúmulo da depressão, do drama e pessimismo. No fundo, tanto ele quanto ela falam sobre o mundo, só com visões diferentes. Todos nós vemos o ovo, mas o ovo é diferente para cada um em sua luz e onisciência. Há um trecho de meu livro preferido que retrata tudo que falei:
.
"Todo momento de achar-se é um perder-se a si próprio.'' (Clarice Lispector, A paixão segundo GH)
.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Antes de começar o expediente, gostaria de fazer uma ressalva à minha amada colega de blogue, normalmente nossos gostos colidem, mas tenho q ser sincera (cof) Drumon nunca foi meu poeta preferido, e quando li o seu poema me lembrei de um caso tétrico. Eu, com meus oito aninhos, pesquisei Drumon p/ ver se achava mais profundidade em uma pedra no meio do caminho, e desisti depois de mirabolantes fórmulas que resultam em pedra, caminho, pedra... Daí pra frente eu detestei Drumon, mesmo com todos dizendo p/ eu amá-lo, e cidadezinha qualquer, dentre a minha lista sem rimas de poemas feios, desculpe o termo, é a que mais zoei em minha vida. Crianças são maldosas, acho q se drumon estivesse vivo choraria com uma menina de oito anos qualificando de amador ele e seu burro, cachorro e janelas que olham. Enfim, sou uma ignorante total quando se trata de profundos pressupostos em versos brancos e modernistas o.o.

às vezes me olho no espelho e me pergunto quem eu sou. Por que sou assim? O que me levou à parar nesta incruzilhada?
escolhas, escolhas, escolhas... Elas determinam que nós fomos, somos e viremos a ser... A nossa construção ideológica raramente permanece a mesma ao longo da vida. Somos marcados pela nossa criação, pelas nossas leituras, pelo nosso meio e pelas nossas reações. A sociedade raramente vai construir um padrão ideológico pautado nas ''verdades'' do mundo. Normalmente, seguiremos caminhos pressupostos por aqueles que regem o sistema social. Complicado se achar entre máscaras... Esconder os desejos por trais de um espelho que nào reflete você, apenas uma fraçào de você, fantasiada com a ideologia da massa, que na verdade é a ideologia do poder, masculino, singular, monetário, político... Ideologia de intereces. A construção do ''coletivo'' é feita atravéz do interece.
Afinal, virei a ser o que almeijo? Poderei orgulhar-me? Não consigo deixar de pensar no futuro e suas probabilidades, ainda que eu erre meus presságios matemáticos. Acho que não da p/ controlar o curso do acaso, Deus, Destino, Natureza... Pra que diabos eu conjecturo teorias de liquidificador? Ai, a cabeça da gente é um mundo.

Esse post foi bem light né gente? Tava precisando de algo assim...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

"Um burro vai devagar"

Cidadezinha qualquer
(Carlos Drummond de Andrade)
.
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar
. .
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
.
Eta vida besta, meu Deus.
.

A partir de semana passada, estabeleceu em minha vida uma grande paz monótona.
Viver é um trabalho rotineiro, grandes abalos causam mortes internas e renascimentos para novas rotinas.
Penso: "Matemática, química, física, biologia..." Pensamentos tranquilos e frágeis, agarro-me a eles por amor: não quero terremotos: que fiquem no Chile! Longe daqui, longe de mim!
Em momentos de minha vida como esse é que me assemelho a quem sou. Não fui criada para ser triste e constantemente racional, preciso do instinto, do dia que se sucede ao outro, sem noites de lua nova. Gosto da luz, pois sou criança, tenho medo do escuro. Para enfrentar um caminho tateando no escuro da verdade é preciso ser forte, mas sou fraca, por isso, crio ilusões como a de agora: a invenção da luz elética, a luminosidade falsa e amarela.
Minha mãe acaba de me intimar a dormir. Amanhã tenho um dia cheio: cabeça cheia oficina de nada! Vá para o diabo todos os traumas e pensamentos complexos! Por enquanto, deixe-me viver, sonhar apenas! Sonhar em nunca abandonar a rotina enfadonha e delicada de estudante.
.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dor




Você já se sentiu como se tudo estivesse muito errado, mas sem culpa? Você já se sentiu como um pássaro enjaulado e frustrado, por não ter culpa e saber disso, mesmo assim sofre. Você consegue imaginar a dor que vem do peito até a garganta e nos entala e adoece por causa de coisas dentro e fora de nós que nos fazem mal e não somos responsáveis por elas e nem podemos evitá-las. As vezes você se convence de que tudo o que você é está bem com você, até que alguém se incomode co uma parte desse todo-você e você queira que essa parte inconveniente saia. Mas, imagine você pela metade? Ainda vai se sentir completo? É melhor a confusão de não agradar que a falta de um pedaço do seu ser. E as coisas ao redor? Como parar a dor de ver a dor nos olhos do outro? Já sentiu a dor de saber que sofrem os outros e que não é sua culpa, mas você sente essa dor, provocando-lhe mais dor. Dói, dói estranho, diferente da culpa, da pena, do sofrimento comum. Parece que não é seu. Parece que se encaixou perfeitamente onde não havia lugar para ela. Que dor é essa?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."

"O poder de ser feliz: 9 dias", "Aprenda a viver em 7 passos e a morrer em apenas 1", "Amadurecimento instantâneo para gregos e troianos", etc.

Infinitos são os títulos de auto-ajuda que se fazem presentes em nossas cabeceiras, o antigo romance da banca mais próxima foi substituído pela necessidade de ser feliz, pela falta de auto-estima.
Nossa sociedade insiste em criar a imagem de máquinas humanas: seres perfeitos, seguros e indestrutíveis. Essa mensagem nos é passada e se choca com nossa natureza de borboletas indecisas em "ser ou não ser": quem sou, lagarta, crisálida, borboleta?
Precisamos aceitar as mudanças q sofrem o espírito e o corpo durante a vida, aceitando-nos plenamente. Mas, e quando fugimos do estereótipo? ...
Quando me descobri homossexual, minha auto-estima foi a zero, ou melhor, a mil negativo. Eu não me suportava: como permanecer no mesmo corpo com alguém que não me é conveniente?
Pela minha pouca auto-estima, eu me afirmava a todo tempo, precisava da adimiração dos outros para ver as qualidades que, só, eu não conseguia. Eu me amava apenas quando outro me amava, através de elogios. A sustentação de meu "eu" estava no próximo, não em mim, o que é o mesmo de não possuir base alguma, castelo de areia. No fundo, eu me sentia uma incapaz, rebelde sem causa e inferior às minhas amigas.
Mudei, cresci.
Descobri que o amor próprio é o maior bem e é onde fundamenta-se nossa verdadeira felicidade.
"Ame ao próximo como a si mesmo"
Como amar ao próximo se eu não me amo?
Amor é entrega. Não só de corpo, mas principalmente de alma. Não existe meio termo: não é possível pisar apenas com um pé nesse terreno, pois logo já estamos com as duas pernas, os braços, os olhos, a mente e o coração.
Se meu "eu" não tem fundamentos, como vou entregá-lo a alguém?
Fundamentar-se não quer dizer ter ideias rígidas, mas sim, ter segurança para "ser" livremente. É a aceitação de nossa eterna metamorfose ambulante:
.
"Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha velha velha velha velha
Opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"
(Raul Seixas)
.
Hoje já consigo olhar diretamente meu reflexo ao espelho. Gosto de garotas? Sim, gosto. Sou lésbica? Não sei! Mas, e daí? Cansei de rótulos! Meu amor próprio não pode ser sustentado por apenas alguns adjetivos. Sou mais complexa do que supõe os liguistas!
Volto a me adimirar ao espelho: eterna crisálida...
.

Um monte de coisas que eu queria desabafar e não posso...

AH! Como a convivência é difícil! Incomoda e inquieta quando tentamos apaziguar e acabamos por eclodir numa guerra! AH! Se tudo que sentimos e pensamos pudesse ser metamorfoseado em palavras e em poesia clara e limpa, tal qual as parnasianas o faziam com a natureza morta. Haverei de questionar, contradizer-me, sofrer, me desentender e brigar inutilmente para concertar um texto mal falado, mal remendado e, por fim, mal entendido.
Me pergunto onde comecei a me diferenciar no aspecto sexual, porque de resto sempre fui diferente. Talvez depois da queda das figuras de pai e mãe perfeitos e indestrutíveis, talvez mais depois, com a primeira mulher mais velha e bonita, independente, decidida, artista, professora... Talvez mais depois ainda, com filmes, vídeos, roupas, brincadeiras entre amigas, enfim, a questão talvez não seja por que eu fui propicia a ser gay, ou porque eu aceitei o fato depois de crises existenciais por mais de 2 anos, alguns julgam pouco, eu julgo demais. Eu nunca fui preconceituosa com relação a quase nada, nunca aceitei conceitos prontos, sempre quis adotar os que me pareciam mais lógicos, apesar de ser péssima em exatas, sempre que não encontrava tais conceitos eu os elaborava eu mesma, para meu uso e compreensão das coisas relativas à vida humana. Sim, eu me sinto deslocada da vida humana, não porque sou lésbica, mas porque sou sismada com tudo que vejo e que ouço. Eu pergunto demais, às vezes até besteira, sou teimosa, MUITO!
Me apaixonei por uma mulher lésbica, bonita do seu jeito. Sofri, abdiquei pois, não era o bastante. Não compensava o sofrimento. Era doloroso ver que a vida dela era terrível devido à sua própria imagem firmada. Será que é mais fácil já nascer com todos os adultos vendo que você está no corpo ''errado'' ou será que mais fácil é encontrar-se dentro de uma boneca adequada e bem situada no seu corpo ''certo'' com hábitos ''certos'' e paradoxalmente tendenciosa-mente desviada? Era e é, doloroso ver sua Mãe descredibilizá-la, mentir para seus irmãos e seu Pai, isso tudo porque vc namora uma estranha ... Eu jamais sobreviveria num relacionamento sem alicerces. Isso porque sou jovem, sou confusa, não estou pronta, nem vou me apressar para provar a alguém sobre quem eu sou.
TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA
Fernando Pessoa Não me arrependo do que fiz, nem do que sou.
Choro... Não por estar infeliz, mas por medo do futuro. Não por estar sozinha, pois, apesar de tudo, tenho sorte, sou cercada de Amor, de Mestres, de Pais. Choro por medo do inevitável, do desconhecido, dos enganos da vida, dos amores doentes, dos amores fracassados, CHORO COPIOSAMENTE, não por me sentir suja, mas por me sentir frágil. É, as vezes tomamos poemas como nossos, porque parecem nossos. Poemas são a recorrência mais fácil dos desesperadamente emocionados.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."

Eu e ela nos confundimos neste verso, não sou eu nem é ela, mas parece com nós duas juntas.
E já que já me estendi por demais, deixo um poema de toquinho, que parece meu, e parece comigo, parece com os Mestres que passaram e passam pela minha vida, portanto, nada mais justo que dedicá-lo à mim mesma e à eles!

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída
Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Depois da chegada vem sempre a partida
Porque não há nada sem separação

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, Sei lá
A vida tem sempre razão

A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não

Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão


Candy, me desculpe usar este espaço para falar de outra Mulher que não é você, mas eu não tenho argumentos, só isso que deixei nas linhas anteriores e minha fé na sua compreensão.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O "h" mudo: seu caráter

Bom dia! Hoje é um típico feriado em que não viajo: levanto e almoço tarde, fico de pijamas até a noite, não faço naaaaaada, apenas navego na net e viajo na maionese com coisas que eu penso às vezes.
Por exemplo, estou pensando sobre o que é o caráter. O que é ser mau ou bom caráter? Onde se encontra o limiar entre esses opostos?
Sempre fui vista como uma boa influência, alguém que os pais desejam que seus filhos sejam amigos, creio que os pais gostam mais de mim do que minhas próprias amigas. Entretanto, desde que a mãe de uma amiga descobriu sobre minha homossexualidade sou vista por ela como má influência, ruim companhia.
O caráter é tudo o que somos e tentamos ser, logo é nossa essência e dissimulações. É o "nós" pleno.
Sou um caractere em um gigantesco texto que tem as dimensões de toda a humanidade. Tenho minha sonoridade que se altera conforme à palavra em que me faço presente. Há uma história que envolve minha importância naquela construção, posso originar-me do latim ou do grego, mas origno-me.
O caráter do caractere "h" mudo.
Estou presente em "homem", "história", "histologia", "homossexualidade"... Já pertenci a "úmido", com o passar da vida e suas vicissitudes perdi minha característica delgada e doce.
Característica... O que compõe o caráter são as caraterísticas.
Ser gay é sinal de falta de caráter?
Todas as formas de adjetivos são neutros, o que os tornam bons ou ruins é a subjetividade. O mundo é relativo, pois!
Para a mãe de minha amiga ser gay é feio e vil, para ela sou mau caráter. Péssimo caráter!!! Mas, e daí? Eu não me acho tão má, logo tenho um paliativo ao preconceito de nossa hipócrita e hipocondríaca sociedade.
Viva a ímpar "umanidade"! - Nossa, como o caráter do "h" faz falta! - Correção: Viva a ímpar humanidade!


As alegrias de estar sozinho/ Uma vida mansa

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive


Muitas vezes a vida é como uma espiga (?) Sim! Uma espiga! Cada gomo deve ser fertilizado, um de cada vez, para que amadureça um milho completo, perfeito e bem alinhavado, sem falhas na vestimenta de ouro. Cada linha, cada gomo, é o fruto de um trabalho delicado e minucioso, estão todos agrupados na espiga, mas cada um tem a sua história, um longo caminho a percorrer, depois da colheita eles irão se separar, alguns virarão pães, bolos, farinha ou óleo, partes deles podem se reencontrar, ou se perder, mas a existência não é uma coisa controlada, perfeitamente escrita em folhas pautadas, a existência é perene e efêmera, bordada com linhas coloridas em ponto de cruz. Se duas pessoas estiverem realmente destinadas a se encontrar, o mundo tecerá as linhas das suas vidas para que se encontrem.

Às vezes a melhor coisa é passar o dia sozinha, amando a si mesma, comprando um presente para si mesma, se dando conta de como você é especial e como o mundo é melhor porque você faz parte dele e o admira. As vezes a melhor coisa é não fazer nada, não desejar nada, apenas agradecer, pelos nossos pais, pelas nossas vidas, pelo nosso corpinho imperfeito, mas que funciona muito bem. As vezes vale muito mais estar solteira e poder tomar banho a hora que quiser sem esperar um telefonema ou um e-mail, saber que você está livre e não está atada a ninguém. Seu fio dança com o vento, sem se enroscar em nenhum outro. Você se sente uma boneca de pano essencial. Nada melhor do que passar o tempo com você mesma.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Valentine's day

Olá internautas,
Essa é a segunda vez que tento escrever esse post, o assunto lateja em minha cabeça na forma de uma terrível enxaqueca, não consigo expressar por palavras o embargo de razão que estou sentindo.
Hoje é valentine's day e, como sempre, estou sozinha. Tive grande expectativa para esse dia e todo o carnaval. Pensei que seria minha libertação, meu primeiro beijo gay que estaria a caminho. Não, pois esse está a caminho de Passárgada, que, tenho certeza, é muito longe daqui.



"Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei"
(Manuel Bandeira)



Minha amiga bi está na cidade. Do outro lado do mundo.
Chegou com um dia de atraso (o que só aumentou minha ansiedade), mas não veio realmente. Telefonou-me dizendo coisas banais, não o que eu queria ouvir. Tudo bem. Chamei-lhe para ir numa festa hoje a noite, a mãe não o deixou (pois sabe sobre minha homossexualidade e, digamos, desde então não é minha fã número um!). Pedi para falar com nossa algoz, ela não se dignou a ir ao meu encontro do outro lado da linha do telefone!
Ótimo! Estou me sentindo um lixo... Por que tanto preconceito? Nós somos amigas há anos!
Não sei se ela retornará a ligação, se conseguirá convencer a mãe.
Em toda essa história, pelo menos, há um ponto positivo: descobri como minha mãe é maraaaa!!! Ela disse q me apoiaria caso eu arrumasse uma namorada, ajudaria-me a até ter oportunidades de ficar com ela aqui em casa. Definitivamente, mamis é a melhor mãe do mundo!
Queria mesmo era ter a milk do meu lado, ela sim me completa, não essa amiga doida e bi que possivelmente compartilhará comigo meu primeiro beijo gay. Queria tanto que fosse com a milk...
Em algum valentine's day do futuro, tenho certeza, comemorarei do lado de quem eu quero e não mais sozinha, como hoje.


s2

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


Boa tarde! Eu estou doente denovo. Minha garganta dói e eu n consigo respirar direito. Acho que é outra gripe, pq os sintomas sao diferentes, no fever, cabeça doendo e cansaço.

O ócio, a ausência de algo que nos intretenha, a falta de interação, essas coisas levam as pessoas a sairem do padrão comportamental de cada um. Nos tornamos estressados, agressivos e inconstantes, porque não temos o poder de nos afastar de uma perturbação com trabalho, pessoas conhecidas, ou distrações. Falo de uma experiência um tanto quanto BigBrother da vida real. Na nossa vida, há momentos em que temos que encarar nossos problemas e tentar entendê-los, solucioná-los, para que possamos continuar a andar.
Dentro de uma família, nós temos um BigBrother particular, onde estamos constantemente convivendo com os outros integrantes do grupo, numa mesma casa, dividindo trabalhos domésticos, o que nos permite ver inteiramente uma pessoa, conhecer todos os seus hábitos, aprender a passar por cima de coisas das quais discordamos para conseguir conviver em harmonia. Harmonia é uma palavra rara em famílias. Isso porque, nós, seres humanos, julgamos constantemente um ao outro, rotulamos e criamos personagens para as pessoas. Até mesmo aquelas que dormem na mesma casa e comem as mesmas refeições.
No BigBrother nós nos damos ao luxo de julgar as pessoas e rotulá-las sem nos preocuparmos com o quanto nossos julgamentos nos atingirão, fazemos como na vida, só que de forma escancarada, afinal aquelas pessoas não tem vínculo real e recíproco conosco, para nós, são como personagens de uma novela. Analisamos, comparamos, julgamos e julgamos e torcemos para aquele que mais se parece conosco, ou que consideramos um ''bom exemplo'' de pessoa. Podemos até julgar que uns precisam mais do que outros, mas até que ponto conhecemos aquelas pessoas? Até onde somos corretos em nossos julgamentos? Em casa, com as nossas famílias, poucas vezes nós realmente resolvemos os impasses do dia a dia e as diferenças pessoais. Deixamos passar, porque somos ligados por algo maior que os julgamentos. Não temos como saber como cada indivíduo enxerga o mundo, nem como anda sua alma, portanto, julgamos a partir de nós mesmos e somos julgados a partir dos outros, discordamos eternamente, eternamente nos amamos e criamos laços na discórdia.
Me pergunto se tudo isso é por acaso, olho para meu pai e meu irmão e pergunto por que estou aqui com essas pessoas, imagino que isso não poderia ser diferente, eu não poderia estar em outro lugar, pois é aqui neste jogo que eu entrei. E não foi por acaso, foi uma escolha, foi o lugar que eu escolhi estar. Então vou jogando esse jogo louco, onde brigas sintonizam mais e silêncios provocam inquietude, esse jogo louco, onde cada um tenta fazer o melhor possível para alcançar o grande premio, mas não consegue deixar de ser o que intimamente somos, a essência imutável de nós mesmos, vestida de costumes locais e hábitos familiares, remendada com linhas diversas de momentos vividos, feias ou belas, mas destoantes. Entretanto, nua, a essência está lá, arrumando as roupas o melhor que pode, para que caibam no seu biotipo, mesmo que contra os olhares alheios, mesmo que de maneira ridícula, mesmo que escondida de si mesma, ela luta, e prevalece.

Milk:.. Em Momentos de Reflexão...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Não sei!!!

Não sei... não sei quando comecei a me sentir assim, sinto q estou em estado de metamorfose em algo novo, bom? talvez. Preciso falar com alguem urgentemente, por isso, hj estou escrevendo esse post a algum amigo leitor q possa me ajudar com seu silencio e aquiescência.
Sinto-me profundamente só (no fundo todos nós somos solitários em nossa saga), algo morreu - minha infancia?
Tenho carencias q outrora não tinha, há uma necessidade fremente em mim e ao msm tempo ha medo do desconhecido.
Sempre fui uma grande covarde - é isso q sou! - passo uma imagem de alguém segura de si, embora esconda atras de tao pesadas máscaras, uma personalidade fragil e temerosa do mundo e suas feras.
Minha carne adolescente cresta de sonhos, os hormonios atuam em meu sangue, sinto falta de alguem q possa compartilhar comigo as primeiras caricias amorosas, mas, concomitantemente, não quero a materialização desse alguem! Tenho medo do q possa ocorrer a partir de então: como enfrentar a sociedade? e meu proprio olhar preconceituoso e ignobil? Não... Não. Não! Minha rotina é tranquila e patética, não quero abalos sismicos! embora veja sua necessidade.
Cheguei a um ponto de embate entre sonhos e medos, covardia e hormonios. Vejo q uma nova fase em minha vida nasceu e não posso mais ignora-la, pois ela se apresenta inexorável. Ó como eu a rejeito! Ó como procuro apresentar resistencia! Entretanto, é impossivel! O "eu" q se apresenta é mais forte do q eu: "não se pode fugir a sua estrela!"
Quarta-feira passada, rompi meu estado de angustia e ansiedade num pranto inefável, não sei o q ocorreu comigo, talvez um estravasamento de sensações contidas com dificuldade, a casca branca e sem graça do ovo q se quebra e, com q espanto!, há a gema amarela e fascinante.
Minha mae, a todo custo, tentava me acalmar com a complacencia propria das mães verdadeiras. Eu disse em parte o q me aflingia, não o tudo, pois esse nem eu o conheço, tao intrinsecas são as verdadeiras razoes.
Contei-lhe sobre minha amiga q havia me revelado seu "segredo" e a possibilidade real de eu passar do campo de sonho da primeira experiencia lesbica para a realidade. Ela disse q pelo q ve eu não estou preparada. Não estou msm, como nunca estarei! Preciso enfrentar de frente todo esse preconceito, esse lodo em q me atolei ate o pescoço, sufocando o coração. Vou para a guerra, meu inimigo? Eu msma, meu subconsciente. Luto, debato-me contra essa homofobia arraigada em meu ser, luto! Estou de luto, a morte de minha infancia se faz neste instante msm em q os dedos ageis digitam essa mensagem, contudo não me visto de preto, ao contrário, cada vez mais colorida estou, beiro o arco-iris!, sei q chegarei ao fim do msm e encontrarei um pote de ouro, vou conseguir!
As vezes olho-me no espelho, talvez a imagem fria q me sorri não seja tao gélida quanto eu nas relações com outras meninas. Desde criança reprimo minhas demonstrações de afeto por minhas amigas, tenho medo de deixar transparecer no toque "algo proibido" aos olhos do meu subconsciente e da sociedade, não me entrego a nenhum abraço, creio q há mais calor humano ao abraçar um poste do q ao me abraçar, pareço-me fria, fria, fria; mas não o sou: há, entre tantas, uma máscara de concreto em minha face q não transmite emoção humana, apenas tem cheiro de gnt, pois é uma edificação construida sobre a terra, terra fofa e vermelha como sangue.
Oh! Q confusão em q me enredei! Como eu preciso de um abraço, de uma palavra amiga q transmita em si todo amor! Q carencia é essa? Não sei... não sei!

As coisas mais fantásticas do cinema

olá, estou muito muito muito gripada, eu sou aquele tipo de mulher pequena mas, difícil de derrubar. Só que eu andei exagerando, por causa de uma bendita série de fixão científica chamada Kyle XY que está passando no SBT às 4 h de segunda a sexta, baixei as 3 temporadas no site e assisti tudo direto.
resultado: duas noites sem dormir, 3 sorvetes, defesas baixas por causa da trágica menstruação, baixa de vitaminas, cabelo molhado e ar condicionado de cinema, tudo isso num período de 3 dias e duas noites. Meus leucócitos morreram.

terminadas as explicações, vou fazer uma lista dos filmes mais legais que eu estou me lembrando agora, são as minhas preferências e eu vou separar como em uma locadora(ou ao menos a minha locadora ideal) XD.

1. Cult
1.2 Família

Casa dos Espíritos (eu achava q nunca tinha visto até outro dia, quando descobri que eu já assisti 3 vezes e adoro! Os brutos também amam foi o que mais me chamou atenção nesse filme, talvez seja alguma coisa pessoal XD)

KIDS (eu ainda n sei se gosto desse filme, mas me preocupa a respeito de como alguns pais tratam seus filhos e que adultos eles serão, enfim...)

C.R.A.Z.Y (adoro a estrutura do filme, filmes com cores marcadas e mistura de cenas reais e imaginadas pelas personagens, Canadense)

A Excêntrica Família de Antônia (tão original e bonito quanto C.R.A.Z.Y, e não é americano)

Em Busca da Felicidade (não é ''A Procura da Felicidade''! Duas crianças que resolvem sair pelos EUA sem pai nem mãe e aprender o valor das pessoas e da vida por eles mesmos, é o romance mais doce e lindo que eu já vi, uma lição de amor e laços inter pessoais)

Uma Lição de Amor (se vc quer ver um filme que faz uma pedra chorar veja este. Tirando a parte ''emocionante'' o filme é muito bom, pois trata de como o convencional nem sempre é o mais saudável nem melhor p/ uma criança.)

Anna e o Rei (Clássico, quem nunca ouviu falar melhor dar um jeito nisso XD)

Tomates Verdes Fritos (tomara que seja esse o melhor lugar para ele. Gostei desse filme porque retrata a força das pessoas em manter seus ideais independente do contexto. E ainda sugere um romance lésbico

1.3 Romance

Mais estranho que a ficção (gente! eu amei esse!! É uma história sobre pequenas coisas do cotidiano que desenrolam em acontecimentos incríveis, tudo narrado por uma excêntrica autora, com o protagonista do filme e do livro dela, sendo uma pessoa real, incrível! ASSISTA!)

O fabuloso destino de Amelie Poulain (O amor brincalhão e inocente é possível. Adoro a cena do anão de jardim, uma crítica aos 'parados no tempo')

2.0 Romances

Imagine eu e você (eu n sei se acredito que um hétero convicto se apaixone por uma pessoa do mesmo sexo, maaas, tudo é possível neste mundo, quem sou eu p/ contrariar! Uma comédia romântica imperdível e uma lição de renúncia e altruísmo!)

Eu te amo cara! (novinho em folha! Eu nunca pensei q riria tanto em uma comédia romântica, pessoasemgrassaeuprazerXD, é imprevisível e é brilhante! Personagens sensacionais. O-te-mo. E quebra com estereótipos.)

Memórias de uma geixa (pra quem gosta do japão, esclarecedor!)

O som do coração (pra quem gosta de música)



continua...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Os travestis

"Função do guarda-roupa: conservar no escuro os travestis" Água Viva - Clarice Lispector

O q é se travestir? "TRA-VES-TIR: 1. Colocar fantasia em. P. 2. Disfarçar-se; dissimular-se." (Dicionário Aurélio)

Tomando como base as formas de se vestir, nós nos travestimos todos os dias p/ a sociedade, as roupas q usamos são parte integrante e crucial de nossa aparencia aos olhos do outro, logo são formadoras de opinioes e preconceitos.

Todos seguimos de uma forma ou de outra a moda, pois com o tempo, ela se associa a conceitos de beleza, por exemplo, mesmo alguem q não entenda nada ou não goste de "ser fashion", não sairia com uma roupa do século XV. Eu pergunto: por quê? Talvez vc me responderia: "Pq é brega!!!" Mas, o q é brega? A moda delimita a fronteira entre o belo e o feio, por isso, involutaria ou voluntariamente nos travestimos conforme um modelo, conforme as modelos.

Roupas e acessorios são formas de rebeldia, surgindo grupos adolescentes como emos, góticos... Há pessoas q se transvestem de si msmas. Eu não estaria agora indo contra todas as acepçoes do referido verbete? As roupas, msm aquelas q transmitem nosso estilo, não transmitem quem somos. Nós somos o nu. Roupas são adjetivos, o nu é a essencia.

Nascemos nus e a sociedade nos veste. Pois bem, quero sempre estar nua para mim msma, aspiro meu "essencial", pois.

A criação do gênio

De onde vem o gênio? Ele é uma criação de Deus, um fenômeno aleatório?? O gênio não é mais que uma pessoa comum.
Pode nascer um gênio em qualquer idade, em qualquer lugar, basta que hajão condições favoráveis. Sería similar à plantar um carvalho em solo arenoso e em solo de terra roxa. É claro que nada nascerá no primeiro.
O gênio, no entanto, não é tão simples como uma planta, também não é sinônimo de sucesso proficional nem fama.
Com quais fundamentos digo isso? Andei pensando, lendo, pesquisando e desenvolvi a opinião a respeito. A genialidade, seja ela desportiva, literária ou matemática, vem de um conjunto de inclinação pessoal, estímulo do meio e recursos disponíveis. Explico:
Uma jovem menina que nasceu numa zona rural, com pais agricultores assiste à TV e fascina-se pela dança dos famosos, chegando a aprender certos passos sozinha de tanto que viu e reviu as cenas. Seus pais a parabenizam, elojiam e fazem o possível para deixá-la em contato com a dança local, mesmo que pobre e pouco proficional. Muito possívelmente essa garota vai crescer e procurar se proficionalizar, esforçando-se, e sem desviar-se do seu foco.
Uma outra jovem em situaçào semelhante não tem pais que a apoiam, não pagam nem mostram possibilidades para ela praticar, dificilmente essa menina fará da dança + q eum robbie.
Já uma jovem da cidade grande, que fez ballét desde cedo, por vontade dos pais, acha a atividade frustrante e gostaria de tocar guitarra, mas ninguém em casa a apóia, ela não tem amigos que tocam para pegar emprestada a guitarra, logo que ela puder, vai largar a dança, talvez ela siga a carreira musical, talvez não, mas dificilmente seu sucesso será brilhante.
Outra garota da cidade, nas mesmas condições, apaixonada pela dança, irá além de todas as outras, pois ela tem todos os requisitos escenciais: Motivação, dedicação e recursos.
O que eu quero dizer com isso, independentemente da idade, o tempo em ue vc se dedica a ser bom em uma coisa, com amor e confiança, apoio e um hambiente que permita a realização da 'coisa' é o que realmente fará um gênio. Talvez ajam pessoas que não conseguem processar determinada atividade mesmo com tudo isso, mas isso não torna a idéia errada. Apenas um caso aspecial, onde devem-se analizar o piscicológico da pessoa, seus sentimentos íntimos, tais quais medo, insegurança, problemas cognitivos etc.
Eu desenho. As pessoas sempre me perguntam quando eu comecei, porque eu amo tanto a Arte e concluem dizendo que eu tenho um dom. Jente, eu não nasci assim, minha mãe sempre achou arte magnífico, mesmo não estando envolvida com o ramo profissionalmente. Desde muito novinha eu tinha contato com papel, láps de cor, caneta esferográfica, livros de gravuras, programas artesanais etc. Eu costurava bonequinhos de meia, copiava formas humanas em livros de medicina quando ainda pequena. Meus pais nunca me mandaram fazer algo mais interessante, nem me obrigaram a sair da mesa e ir dormir quando estava desenhando, tão pouco me repreendiam quando eu sujava o chão de tinta, fora que eles me compravam materiais bons, novos e diversos, sempre.
Sem isso, eu não passaria de rabiscos graciosos em folhas de caderno. Quando minha vida ficou confusa e eu passei por problemas emocionais, meus desenhos pioraram, minha criatividade cessou, mas isso foi devido ao meu estado pessoal, o que prova que o meio MATA o gênio, é preciso haver um caminho retilíneo, seja ele de escape ao meio ou de sobrevivência nele, família e meio são fatores decisivos p/ o sucesso, eles fazem a pessoa ter uma sobrehumana força de vontade p/ retomar o caminho e ter sucesso ou simplesmente sucumbi e tornar-se mais um tijolo no muro que tapa o horizonte esplendoroso.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ano novo: vida contínua

Olá amigos internautas,
Como eu estava viajando no reveillon, não pude publicar meu post de final de ano, por isso, estou aqui para escrevê-lo, planos p/ o futuro e conclusão do q passou.
Pois bem, 2009 foi um ano de materialização do q ja existia, tudo q eu sinto se tornou mais palpável, de modo q hj eu tenha mais consciencia daquilo q quero e sou. Tive q abandonar de uma vez por todas minha infancia utópica a qual eu me agarrava com todas as forças, devido ao medo de ultrapassar a fronteira para uma nova fase de vida. Tenho medo do q é novo e desconhecido, até q a nova realidade se torne compativel aos meus olhos e mente. Proposta p/ 2010: mergulhar no escuro da existencia sem medo de bicho-papão.
Aprendi a não só ler e sonhar com uma vida distante, mas a encarar a realidade com seus problemas, as pessoas com seus defeitos... Sou apenas um extra-terrestre vivendo em meio a desumanos q se dizem humanos por não reconhcer as proprias atitudes egoistas.
Quero agradecer a milk por ela existir e me entender como ninguem (creio q eu msma não me entendo tao bem quanto ela XD). Apesar da distancia, eu a sinto próxima psicologicamente, bençãos da internet, amem! Realmente criamos uma dimensão só nossa onde existimos em meio às nossas ideologias sem máscaras ou mordaças.
Objetivo maior para 2010: vencer a mordaça da timidez e deixar fluir a vida sem ansiedade ou pressoes.
No reveillon caiu o pano e começou a mais nova e hilariante peça teatral q não permite ensaios... De q lado eu estou, na plateia ou no palco? Não sei... talvez eu seja a maquiadora dos atores, personagem redonda e nunca principal!
Vamos ver o q 2010 me reserva...