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sábado, 22 de maio de 2010

Uma inquietude que nos consome a cada instante
uma vontade de simplesmente ser
eles me cercam e me criticam
o tempo todos, meus pais so me enchergam como eles querem me ver
é isso mesmo, eu estou puta e odeio toda essa merda, esse fingimento escroto de compreenção. Fica me dizendo que eu não sou coerente e que eu não sou esse tipo de gente que estou querendo ser. EUS SEI O QUE EU NÃO QUERO SER. E mesmo que eu não saiba o que eu quero ser eu sei que eu não estou sendo algo do qual eu não me orgulho. me sinto mal quando não sou eu, sou omissa e sou normal. EU NÃO SOU NORMAL! PORRA! EU SOU UMA GAROTA COERENTE, QUE ANDA NA LINHA MAIS ATÉ DO QUE GOSTARIA DE ANDAR. Eu não fiz metade do que eu poderia ter feito para preocupa-los, mas n fiz, pq eu n sou esse tipo ge gente. Eu n sou FRACA. E se eles não querem me engolir, não esperem que eu me encaixe na forma de bolo que eles me aprontaram. Isso não vai acontecer. Já passou do limite. Ela não vai mais me atingir com aquela cara de nojo. Ele não vai mais me tratar como um brinquedo que não cresce, que não envelhece e que não se mostra. A manipulaçào mais inocente é aquela que aceitamos com amor. É a mais corrosiva. Eles que me ensinaram a ver mais longe. E agora querem me fazer retroceder. Eu estou avançando muito rápido!!! E eu não vou parar. Eu poderia ter sido muito mais do que eu sou. bastava que eles me apoiassem. que dissessem: Vai filha. Que dissessem, Eu te ajudo nisso, eu resolvo isso. Vamos procurar uma solução. É fácil ouvir o Teatro Mágico falando sobre os insetos interiores e ficar nas correntes de mal dizer. Eu não sou nada. com certeza sou pior que eles só por estar desobedecendo. Mas o que tem meu cabelo e meus piercings?? Cadê a tolerancia? É só com o que não está por perto? Eu estou com tanta raiva que quebraria uma porta. Obrigada por me cederem esse espaço pra me expressar. Seja lá com quem eu divido isso.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Auto-aceitação

"Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
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Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer consciente inconsequente
Sem se preocupar em ser, adulto ou criança
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O importante é ser você, mesmo que seja, estranho
Seja você, mesmo que seja bizarro bizarro bizarro
Mesmo que seja, estranho, seja você, mesmo que seja" [Pitty - Máscara]
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Ainda não me aceitei, tenho consciência. Existem dias em que me olho no espelho sem grandes pesares, tenho vontade de me assumir, mostrar ao mundo e à minha família quem sou, sem medo de ser feliz ou triste. Entretanto, há outras vezes que quero desaparecer, talvez uma fuga impossível através da evaporação e condensação num futuro menos cruel para os homossexuais, tenho vontade de me tornar um grão-de-areia que de tão ínfimo, a brisa leva, sem saudades de suas irmãs. Mais uma na multidão; e, na realidade, é o q eu sou. Todos nós somos descartáveis para o mundo e insubistituíveis para nós mesmos, não consigo visualizar as criaturas e seus feitos fora da minha própria ótica; pena que ando daltônica. Quase não vejo cores, pois minha vida me sobrecarrega de tal forma que curvo as costas e olho apenas o chão e suas pedras.
Sair do velho armário embolorado, qual o meio? A aceitação. Preciso conviver com os preconceitos do mundo ocidental, porque, o que me machuca, não é ser lésbica, sim a repercussão desse fato. O que pode me acontecer?
E meu próprio preconceito, como vencê-lo? Vecendo a sociedade que existe dentro de mim. Cada um carrega consigo as marcas de nossa criação homofóbica: para vencer-me, venço o mundo.
Combato a sociedade, pois, neste instante, e isso me doi: minha edificação quanto a conceitos é demolida, por conseguinte, brigo com meu meu "eu" mais profundo: "Não deixem aflorar seus monstros, crianças!" diria um velho médico hipócrita.
Como minha família vai reagir? Lembro-me agora do olhar desesperado de minha mãe quando procuro ter algum diálogo plausível sobre minha sexualidade. Ela diz: "Olha, eu acho o seguinte..." então respira fundo, sinto sua angústia, olha em torno buscando circunlóquios, então encontra as melhores palavras. Ela é uma pessoa maravilhosa e procura me aceitar! Quem dera se todos pensassem como ela... Para meus tios, primos e avós postiços: sou a criancinha da família, como é possivel crer q um "bebê" tenha desejos tao "perversos"?
Por isso, fujo de minha sexualidade, procuro me preocupar com física, matemática, química... Até me distraio por algum tempo, porém, quando menos espero, passa alguma garota atraente e perco a ordem de meus pensamentos. Não é possível fugir de nós mesmos! Sim, terei q me suportar até o fim de meus dias, q seja uma boa convivência, não?
Como encontrar meu equilíbrio interior? Descobrindo-me guerreira através da luta cotidiana contra o preconceito remanescente. Torno-me forte admitindo minha fraqueza, sinto tanta solidão... mas sei que para encontrar alguém tenho primeiro que me encontrar e, para amar de verdade, busco o amor-próprio e a aceitação de minhas singularidades.
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu

sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus...
Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também...
Eu sei! Eu sei!...

Eu sei - Legião Urbana


Tenho passado por uma fase difícil da minha vida. As pessoas me cobram resultados e garantias que eu não posso dar. Eu sei que sou capaz de muito mais do que me proponho a fazer e isso me envergonha. Não faço mais porque não quero. Ou talvez tenha vergonha de fazê-lo. Mais eu tenho mesmo é medo de perder tudo que eu realmente consegui. Às vezes se melhorar significa ter que fazer escolhas e mudar maus habitos. E é muito difícil aceitar que você não está sendo fiel aos seus valores. É muito mais facil mandar os outros se concertarem do que você mesma se trancar na oficina da própria mente, tirar aquele pano furado que não esconde mais nada e olhar-se no velho espelhinho atrás da mesa de ferramentas.
Todos os amigos que eu tenho, sendo cada um diferente e especial, não mensuram o valor que eu dou a eles. Eu não sei se sou capaz de fazer transparecer como eu sou uma pessoa feliz e de sorte por tê-los por perto. Eu queria mesmo que eles soubessem como são 6 pessoas essenciais para a minha felicidade. Daqui a dois dias é dia das mães e ela nem sequer sabe que eu mantenho um blog como este. Ela é muito linda, uma mulher maravilhosa, brilhante, inovadora, cuidadosa e princiapalmente uma educadora. Eu queria que ela pudesse me escutar com carinho e compreensão, mas tenho tanto medo de não achar as palavras certas e daquele olhar de discórdia que mau abro a boca para explicar meu ponto de vista sobre alguns assuntos importantes para mim agora.
Meu professor de História me falou que eu sou uma pessoa muito forte, centrada e firme em minhas convicções. Imediatamente me veio à mente a imagem de um carvalho com minha cara entalhada no tronco. Eu gosto muito dele, mas acho que ele não me conhece muito bem. Eu sou uma pessoa frágil, pareço mais um lírio, majestoso e imponente, indefeso e frágil. Talvez eu tenha me tornado uma pessoa muito egoísta, eu talvez eu tenha me tornado uma pessoa menos egoísta do que já fui. Mas para mim as coisas são muito mais confusas, porque eu me preocupo em não ferir, mas machuco mais do que o cabível. Eu me preocupo em questionar as ações incoerentes dos meus familiares, amigos e inimigos e não vejo o quanto eu mesma sou incoerente, passional e injusta. Quando me fazem encarar meu reflexo escondido, fico perplexa, me recuo, corro para a floresta e choro ao pé do carvalho que eu queria ser, mas sou só um ser humano.
Se a vida fosse um negócio fácil, não precisariamos vivê-la tantas vezes para aprender as coisas.
Como deixar de ser a parte que voc6e não gosta de você? Isso tem me incomodado mais do que tudo... Estou ficando doente.
Talvez eu pense demais em mim.

Eu tenho a sensação de que ando tão amarga quanto café. Mesmo com tanto amor para dar, estou meio hesitante. Como um pássaro que não quer voar, mesmo já tendo capacidade para isso. Medo medo medo medo medo... Medo do novo, das pessoas, do julgamento, da frustração, da derrota, da decepção e da perda.